
A farmacêutica Pfizer informou ontem (25) que deu início ao
processo de pedido de registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) da vacina que desenvolve para o combate à covid-19. É o primeiro passo
para que o tratamento possa obter a autorização da agência e seja
disponibilizado no país.
O anúncio foi feito pela companhia após reunião com técnicos
da Anvisa realizada hoje. O requerimento será realizado na modalidade de
“submissão continuada”, criado pela agência para vacinas específicas contra a
covid-19 com o objetivo de agilizar procedimentos de análise.
A vacina, denominada tecnicamente de BNT162b2, é desenvolvida
pela Pfizer e pela empresa alemã BioNTech. Neste mês, as companhias anunciaram
a conclusão dos testes e declararam que a vacina obteve 95% de eficácia no
tratamento contra a doença causada pelo novo coronavírus.
Os dados sobre a vacina serão repassados em etapas. Entre
eles os resultados dos exames da fase 3, quando foram avaliados pacientes tanto
infectados quanto sem o novo coronavírus. Este foi iniciado no fim de julho e contou
com a participação de 43,6 mil pessoas de 150 locais de países diversos, como
Estados Unidos, África do Sul, Argentina e Brasil.
Aqui, foram incluídos no estudo 2,9 mil voluntários. O
processo foi conduzido pelo Centro Paulista de Investigação Clínica, de São
Paulo, e pelas Obras Assistenciais Irmã Dulce, em Salvador. Também serão
entregues informações sobre amostras de 38 mil pessoas que participaram dos
processos de análise sobre a eficácia e a segurança da vacina.
A Pfizer não detalhou em seu comunicado oficial se há
previsão para o encaminhamento do conjunto das informações sobre o estudo e a
oficialização do requerimento, condição para que a vacina comece a ser
distribuída no país. A farmacêutica apenas informou que os resultados serão
publicados em periódicos acadêmicos quanto o ensaio clínico for concluído.
Fonte: Agência Brasil